Luis Buñuel Portolés é considerado o pai do
Surrealismo cinematográfico e um dos mais polêmicos diretores da história do
cinema. Nasceu em 1900 na aldeia de Calanda, Teruel, Espanha e teve uma
rigorosa educação, estudando durante a infância e adolescência com os Jesuítas.
Luis Buñuel em gravação
Em seguida foi estudar na Universidade de Madrid,
onde teve os primeiros contatos com as vanguardas artísticas da época e morou
na Residência dos Estudantes, onde conheceu e se tornou muito amigo do poeta Federico
García Lorca e de Salvador Dalí, com quem trabalhou junto anos mais tarde.
Na Espanha Buñuel já tinha contato com o cinema, mas
foi quando se mudou para França, em 1925, que iniciou os estudos na Academia de
Cinema de Paris e trabalhou como assistente de direção e roteirista do cineasta
Jean Epstein.
Em parceria com Dalí, e com auxilio financeiro de sua mãe, fez seu primeiro filme, intitulado “Um Chien Andalou” (Um Cão Andaluz, 1929) que rompeu a narrativa cinematográfica tradicional e tinha imagens fortes e de grande impacto, tanto naquela época quanto nos dias de hoje, como a cena em que é cortado o globo ocular com uma navalha. Com ele, tanto Bruñuel quanto Dalí passaram a integrar o grupo surrealista. O curta foi considerado por muitos como um ataque a Garcia Lorca, de quem havia se afastado por, entre outros motivos, ter aversão a homossexualidade do poeta. O filme ficou em cartaz durante vários meses e fez muito sucesso.
Em parceria com Dalí, e com auxilio financeiro de sua mãe, fez seu primeiro filme, intitulado “Um Chien Andalou” (Um Cão Andaluz, 1929) que rompeu a narrativa cinematográfica tradicional e tinha imagens fortes e de grande impacto, tanto naquela época quanto nos dias de hoje, como a cena em que é cortado o globo ocular com uma navalha. Com ele, tanto Bruñuel quanto Dalí passaram a integrar o grupo surrealista. O curta foi considerado por muitos como um ataque a Garcia Lorca, de quem havia se afastado por, entre outros motivos, ter aversão a homossexualidade do poeta. O filme ficou em cartaz durante vários meses e fez muito sucesso.
Uma das imagens mais perturbadoras do cinema (Um Cão Andaluz)
Logo em seguida foi a vez do espirituoso e violento “L’Âge
d’Or” (A Idade do Ouro, 1930) e, após uma curta temporada em Hollywood, dirigiu
o documentário “Las Hurdes Tierra Sin Pan” (Terra Sem Pão, 1933), que traz como
tema o dia a dia da aldeia Extremadura, na Espanha. A linguagem, os fatos
mostrados e as imagens eram tão fortes e reais, por se tratar de um local
extremamente miserável, que era surreal(lista), mesmo. Porém, o governo da
época alegou que a obra passava uma imagem negativa do país, e a proibiu.
Com a Guerra Civil espanhola, Luis Bruñuel emigrou
para os Estados Unidos onde trabalhou até como dublador para Warner Bros e
depois para o México, mas dirigiu vários outros filmes. Para se ter uma ideia,
no período em que morou no México ele chegou a fazer oito filmes em oito anos.
Buñuel
ainda voltou para Europa, onde dirigiu alguns outros filmes, mas sua última
obra para o cinema foi “Esse Obscuro Objeto de Desejo”, de 1977, depois disso
ele ainda escreveu uma autobiografia e morreu em 1983, vítima de câncer, na
Cidade do México, deixando um legado imenso para a cultura cinematográfica.Abaixo o polêmico documentário "Las Hurdes Tierra Sin Pan":
(Terra Sem Pão, 1932)
Referências:
a postagem é pertinente ao movimento, claro.
ResponderExcluirmas, mais uma vez, vcs nao fizeram o tema da postagem...