sexta-feira, 11 de maio de 2012

Surrealismo - a libertação da mente

 

O primeiro manifesto do surrealismo afirma que o movimento trata-se de:

“Automatismo psíquico puro, mediante o qual se tem o propósito de expressar, seja verbalmente, seja pela escrita ou por qualquer outro meio, o funcionamento real do pensamento. Ditado do pensamento que não sofre o controle exercido pela razão e que se mantém à margem de qualquer preocupação estética ou moral”

Ou seja, é um método de produção artística que prioriza a atividade subconsciente sobre a consciente.

Surgido na França na década de 1920, é um herdeiro direto da linguagem simbolista e da revolução romântica e foi influenciado por  Freud, que acreditava que o homem deve libertar sua mente e dar maior abertura e importância aos sonhos, as ideias do inconsciente e ao desejo.

No cinema, os cineastas quebraram com o tradicionalismo cinematográfico. Demonstram uma despreocupação total com o enredo e com a história do filme, desconstruindo os roteiros, afim de obter obras mais livres, mais ligadas aos sonhos e desejos inconscientes. Proporciona infinitas possibilidades de imagens, ampliando assim o referencial de informação visual, já que no cinema pode-se reproduzir livremente e sem limites o pensamento,o sonho.

Existem diversos filmes surrealistas, e um deles é “A Idade do Ouro” (L’age d’Or, 1930) do consagrado Luís Buñuel (1900-1983), considerado o maior representante da escola surrealista no cinema.




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